sábado, 24 de março de 2007

vivendo e aprendendo a comer! - deita já

O Ministério da Saúde disponibiliza um guia completo que ensina os brasileiros a se alimentar melhor e aproveitar a variedade de produtos do nosso país
POR TALITA CHIARADIA

Se, há algumas décadas, o que preocupava as autoridades de saúde pública do Brasil eram as altas taxas de mortalidade infantil, a desnutrição e a ocorrência de doenças infecciosas graves, hoje, o aumento desacelerado das chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como obesidade, hipertensão arterial, diabetes e distúrbios cardiovasculares chamam, igualmente, a atenção do governo e de especialistas.

Muitos destes transtornos estão diretamente ligados ao estilo de vida das pessoas, especialmente aos seus hábitos alimentares. Foi pensando nisso que o Ministério da Saúde disponibilizou, no final de 2006, um guia alimentar, que orienta a população na escolha de itens mais saudáveis. Idéia pioneira, já que até pouco tempo atrás, o órgão apenas adaptava manuais internacionais, como o norte-americano conhecido como A Pirâmide dos Alimentos. “Esta é a primeira vez que uma cartilha de alimentação é desenvolvida no Brasil, valorizando aspectos próprios como a nossa cultura alimentar e a diversidade de produtos encontrados aqui”, explica Dillian Goulart, consultora da Coordenação Geral de Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

Elaborado para atingir toda a sociedade, o guia traz, de forma simples e didática, informações relevantes sobre alimentação, nutrição e muito mais. Lá, você vai encontrar tudo o que sempre quis saber sobre os carboidratos, as proteínas, as gorduras. Nem mesmo as gorduras trans escaparam do manual: há um texto exclusivo para elas.

Para Dillian Goulart, o grande mérito do material é o destaque concedido aos alimentos naturais na tentativa de reduzir a ingestão dos industrializados, ricos em gordura, açúcar, sal, mais caros e menos benéficos à saúde. Ela ressalta também a importância de se especificar as proporções. “O guia não recomenda apenas que se consuma mais frutas ou mais isso ou aquilo. Ele diz quantas porções de cada grupo de alimentos é preciso se consumir em um dia. Tudo isso para ajudar a população brasileira fazer as melhores escolhas”, enfatiza a consultora.

A cartilha faz questão de afirmar várias vezes que, ao contrário do que muita gente pensa, uma alimentação saudável não é necessariamente cara e que famílias de todos os níveis socioeconômicos podem colocar em prática as diretrizes do manual. Confira algumas dicas do livro do Ministério da Saúde, bem simples e que não pesam no bolso. Qualquer dúvida, é só
entrar no site www.saude. gov.br e acessar na íntegra o guia alimentar.

ensinando a comer

• Faça, ao menos, três refeições (café da manhã, almoço e jantar), intercaladas por pequenos lanches. Monte sempre cardápios coloridos e variados.

• Coma seis porções diárias de alimentos ricos em carboidratos como os grãos (arroz, milho e trigo), pães, massas, tubérculos (batata e inhame) e raízes (mandioca). Dê preferência aos produtos naturais ou integrais.

• Consuma três porções diárias de frutas, legumes e verduras. Incorpore ao seu dia-a-dia frutas como o açaí, a carambola, a jaca, o tamarindo e hortaliças como a azedinha, o caruru, a palma e a taioba. Varie o menu e valorize os alimentos da sua região.

• Não dispense o bom e velho feijão com arroz. Este casamento típico brasileiro é uma fonte completa de proteínas. Diversifique o tipo de feijão: carioquinha, preto, vermelho, branco, feijão-de-corda. Não se esqueça da lentilha, da fava e da soja.

• É bom ingerir três porções diárias de leite e derivados, importante fonte de cálcio. Prefira os lights como o leite desnatado e o queijo branco.

• Coma apenas uma porção diária de carnes, aves, peixes ou ovos.

• Não esqueça de retirar o excesso de gordura das carnes e de prepará-las com a menor quantidade de óleo ou manteiga possíveis.

• Coma somente uma porção diária do grupo dos açúcares e doces. As frutas são uma boa pedida para a hora da sobremesa ou nos lanches.

• Diminua a ingestão do açúcar livre (de mesa).

• Limite o consumo de gorduras, especialmente as saturadas (presentes em alimentos de origem animal) e as trans (obtidas no processo de industrialização dos alimentos, a partir da hidrogenação de óleos vegetais).

• Reduza a quantidade de sal na hora de preparar as receitas e retire o saleiro da mesa. Utilize sempre sal iodado.

• Acentue o sabor dos alimentos cozidos e crus usando ervas frescas ou suco de frutas.

• Mantenha uma alimentação próxima da natural. Evite biscoitos recheados, salgadinhos, bolos e pães industrializados.

• Tome muita água. Ao menos, dois litros por dia.

• E, para completar: faça, no mínimo, 30 minutos de atividade física todos os dias. Você pode caminhar, pedalar ou dançar. Escolha a que lhe dá mais prazer.

Um comentário:

Mari disse...

ADOREI SEU BLOG!! POXA, MTO LEGAL MESMO!!
DEPOIS VÊ O MEU! É NOVO HEHEHE

BEIJOS