quarta-feira, 30 de maio de 2007

Excesso de peso pode ser sinônimo de desequilíbrio na tireóide

Engordar ou emagrecer de repente, sem fazer nenhuma modificação no cardápio ou na rotina de atividades, são indícios que algo não funciona bem com a tireóide, glândula responsável pelo funcionamento do metabolismo. "Essa glândula produz um hormônio chamado T4 (tiroxina), que regula o gasto de energia do corpo", explica o endocrinologista da Unifesp, Pedro Saddi.

Localizada no pescoço, logo abaixo da região conhecida como pomo de adão, a glândula pode sofrer alguns desequilíbrios, causando mudanças notáveis ao organismo. Os distúrbios estão relacionados ao funcionamento acelerado ou lento demais da tireóide.

"Quando a glândula produz T4 em excesso, o paciente fica constantemente nervoso, trêmulo, sente palpitações, sofre de pressão alta, tem muita fome e, mesmo comendo bastante, não engorda. É o que chamamos de hipertireoidismo", diz Pedro. Ainda de acordo com o especialista, sintomas menos comuns, mas que também podem aparecer, são diarréia e aumento da menstruação. "Tanto do fluxo menstrual, quanto da quantidade de dias em que o sangramento ocorre".

Caso a mulher passe a ser mais sonolenta, durma bastante, enfrente problemas com intestino preso, apresente uma pele mais seca, menstrue menos (com intervalos de 45 a 50 dias) e engorde, é sinal que o contrário está acontecendo: a tireóide está produzindo pouco hormônio, caracterizando o hipotireoidismo.

"É comum algumas mulheres associarem os quilos a mais ao desequilíbrio na tireóide. Mas, ao apresentar hipotireoidismo, a paciente engorda, no máximo, cinco quilos", ressalta o endocrinologista da Unifesp. Segundo ele, o aumento de peso é resultado da retenção de líquidos. "Não há aumento de gordura", garante.

Diagnóstico
Além dos alertas dados pelos sintomas característicos de cada tipo de disfunção, o endocrinologista faz uma avaliação clínica (apalpando a região da glândula) e pede que o paciente faça um exame de sangue para verificar as taxas de hormônios produzidos pela tireóide. Pedro diz que "se a taxa de TSH (hormônio que estimula o funcionamento da tireóide) cair e a de T4 subir, significa que a pessoa apresenta hipertireoidismo. Já quando o oposto acontece, é hipotireoidismo".

Causas
Segundo o especialista, as alterações tireoidianas podem acontecer por razões genéticas ou esporádicas. "Quando a causa não é genética, costumo brincar dizendo que o indivíduo sofre disfunções na tireóide por azar. Não tem nenhum hábito errado que influencie no funcionamento da glândula", conta. A falta de iodo na alimentação, no entanto, também pode levar ao hipotireoidismo. Isso porque o hormônio produzido pela tireóide depende do mineral para ser metabolizado. "Hoje em dia, é difícil que essa deficiência na alimentação aconteça, já que ele é adicionado ao sal de cozinha".

Tratamentos
Um comprido sintético, que imita o hormônio produzido pela tireóide, é capaz de equilibrar as descompensações sofridas com o hipotireoidismo. A ingestão precisa ser feita em jejum, pela manhã, diariamente. Normalmente, em quatro semanas, no máximo, as taxas já estão estabilizadas e o organismo começa a voltar ao normal.

Já para tratar os problemas causados pelo excesso da produção de T4, é preciso optar entre remédios que inibem a produção do hormônio tireoidiano, ou métodos definitivos, como a retirada da glândula ou a dose única de iodo radioativo. Pedro esclarece que "um combinado de dois a quatro comprimidos ingeridos todos os dias age diretamente na glândula, evitando que o hormônio seja produzido e aliviando os sintomas. Quando o tratamento não é eficaz, o especialista parte para uma das outras opções".

Se o medicamento fizer efeito, as taxas hormonais se normalizam em um mês. Com as outras alternativas de tratamento, o organismo leva, em média, seis meses para se recuperar.

fonte: www.minhavida.com.br

PS: sou muito abençoada por DEUS, pois mesmo com hipotireoidismo eu não tenho sintoma nenhum!!!! obrigada SENHOR

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