quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Incentivos saudáveis

Para iniciar uma dieta, basta renovar ou mudar de hábitos. Mas, para manter-se nela, é preciso algo mais: um bom motivo

por Lucilia Diniz


Nunca vi alguém perder peso sem uma causa em mente. Há pessoas que começam a emagrecer na segunda-feira na esperança de, na sexta, entrar num belo vestido de festa. Chamo isso de incentivo “chacoalhão”; do tipo “ou fecha a boca ou não conquista o loiro”. O problema é que quando você chega à festa, toda glamourosa, percebe que ele já está com outra. Aí todo o esforço da semana acaba diluído em vinho.

Há também aquele tipo de incentivo alimentado por uma comparação. Você sabe que está acima do peso, só não consegue dimensionar quanto (pois o espelho não deixa, só mostra frente e verso). Mas você suspeita estar perdendo vantagem para outras mulheres, tanto na vida afetiva como no trabalho. A solução estaria em “evaporar” uns cinco quilos.

Existe ainda aquele incentivo que considero o mais triste de todos: o preconceito velado. Acontece quando você está muito acima do peso. Sabe aquela sensação de estar sempre sendo observada pelos outros? Mas há também um lado bom nesse sentimento, pois geralmente ele é acompanhado por um enorme desejo de superação do tipo que cresce a cada dia. Afi nal, esse tipo de incentivo permite que essas pessoas acumulem (ainda que por uma via torta) excelentes motivos para perder peso. Basta ver os exemplos que a Dieta Já! sempre trás na capa.

Incentivos radicais – Fiquei surpresa ao assistir a uma série inglesa de televisão que aposta num novo tipo de incentivo. Algo que poderia ser chamado de “olhe para o seu cocô” (credo!). Trata-se daquele programa que passa na tevê a cabo, em que uma doutora convida um participante obeso a vestir máscara cirúrgica e olhar para os “frutos” da sua dieta. (Urgh! Sinto nojo só de lembrar!)





Vale a pena ver de novo?
Pessoalmente, não acho que a coisa seja por aí. Afi nal, há vários tipos de incentivos bacanas para manter nossa motivação em alta (sendo que nenhum deles exige máscara ou cilindro de oxigênio). Os mais básicos você já conhece, mas é sempre bom relembrar:
Exercício físico: faça uma caminhada vigorosa na esteira ou no bairro e perceba a sensação deliciosa que essa experiência proporciona. Claro que, fora de forma, é bom começar devagar, andando apenas 30 minutos por dia. O efeito de bem-estar é parecido. Ain-da mais quando acompanhado por uma sessão de musculação.
Reinvente a própria comida: isso mesmo. Você precisa aprender a olhar “o inimigo” com outros olhos. Saia daquela mesmice de todo dia. Dê férias para o frango grelhado com legumes. Inove investindo em temperos, essências e pós de refresco light. Para tanto, é preciso sempre buscar informações de qualidade. Algo que você já está fazendo ao ler esta revista.
Amuletos do bem: também acredito que a motivação pode ser encontrada em objetos e talismãs. É verdade. Não há nada como um amuleto interessante na bolsa que aponte para uma vida melhor. Pode ser um miniporta-retrato, com uma foto antiga sua, ou um pedômetro, que mostra o tamanho da sua caminhada diária. Teve uma época em que eu andava com um caderninho para todo lado, anotando tudo que comia e todos os exercícios que fazia. No fi m do dia, dava-me uma nota de zero a dez.
Encontre você também o seu talismã saudável. Vale a pena pensar em algo. Imagine um objeto que represente sua maior motivação para realizar uma virada. Tenho certeza que dará supercerto. Boa sorte!

PS.: Atualmente, meu maior amuleto para continuar na linha é um celular Prada. Eu explico: a marca tem roupas fantásticas, mas que só caem bem em gente magra. Superstição ou não, quem sabe ele me ajuda a afi nar ainda mais a minha silhueta?

Nenhum comentário: